Saiba mais sobre o que aconteceu na 1ª Feira Inovar para Alimentar
- EMA - EMA
- 25 de jan. de 2017
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Na manhã de sábado, dia 15 de Outubro, produtores rurais de Santa Luzia do Paruá e de vários municípios adjacentes se reuniram na praça da próxima à Igreja Católica em Santa Luzia do Paruá para exporem seus produtos na primeira feira integral “Inovar para Alimentar”. A EMA (Associação Educação e Meio Ambiente) em parceira com a Prefeitura Municipal de Santa Luzia do Paruá e do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) iniciou pequenas feiras em Santa Luzia desde ano passado.
Alguns produtores experimentaram pela primeira vez a comercialização em feira e apostam na venda direta ao consumidor como forma de melhorar suas rendas. Para isso, precisam que Governo e prefeituras invistam em transporte.
Na feira estiveram presentes produtores Rurais dos Projetos de Assentamentos (PA) atendidos pelo programa de ATER(Assistência Técnica e Extensão Rural) para Alto Turi: PA Paruá, PA Morada Nova/Centro Dos Pinheiros, PA Benedito Mendes/ Fortaleza, PA Mata Azul, PA Bela Vista/Centro do João Matias, PALeelau/Cajueiro,PAAbaixadinho, Ubinzal e PA Centro dos Martins/Agricolândia II juntamente com as associações Turimel, Agricomel, Casa Familiar Rural e Agrovila Santa Rosa. Todos trouxeram para a feira hortaliças, frutas, mel e xaropes de mel, subprodutos da mandioca, produtos oriundos do coco babaçu, além de artesanatos.
Raimundo Costa Lino, mais conhecido como Seu Doda, 65, é presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santa Luzia e explica: “Essa não é a primeira feirinha, já acontece uma em Santa Luzia do Paruá todos os sábados, desde julho, porém essa é a primeira feirinha integral do município reunindo também municípios próximos, como Presidente Médici e Maranhãozinho, que está aqui hoje”. Ele afirma: “Isso aqui pra mim é gratificante, sabe por quê?! Porque me faz lembrar que há tempos a gente vem lutando pela inclusão dos trabalhadores e seus produtos nos programas do Governo Federal e do Governo Estadual como PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), PNAE (Programa Nacional de Alimentação escolar)”.
Seu Doda explica ainda que a feira foi um grande passo para garantir a comercialização dos produtos porque “a gente tem produto sim, só falta quem pegue esse produto, só falta a comercialização desse produto, trabalhador tem, o trabalhador não é preguiçoso, trabalhador produz e essa feira foi um grande passo para que a produção seja repassada diretamente do produtor para o consumidor, com preço de produção e não do atravessador”.
É o que explica também a produtora Lidiane Corrêa, de 29 anos, que paz parte do P.A Paruá comunidade JacuniacauaI, que pela primeira vez participava de uma feira. Segundo ela, a diferença desta para outras formas de distribuição da produção é que nas feiras o produtor não fica refém do atravessador, que dita os preços pelo qual está disposto à comprar os produtos para revenda, prejudicando a renda dos agricultores.
Maria Elisabeth Detert, presidente da EMA, reafirma a importância de garantir o escoamento da produção: “é fundamental viabilizar a comercialização dos produtos. Com isso a produção cresce e, com o crescimento da produção, novas formas de inserção no mercado precisam ser experimentadas”.
A realização de feiras, porém, esbarra em uma dificuldade: a de transportar os produtos dos assentamentos até as regiões centrais para o comércio nos municípios.
Como comenta uma das agricultoras que no momento de avaliação após a feira, realizada na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Agricultoras Familiares de Santa Luzia do Paruá, que se disse satisfeita com a forma como o transporte foi viabilizado pela EMA responsável pela assistência técnica através do Programa de ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural) do INCRA Maranhão e que contou, neste evento, com o apoio da Prefeitura Municipal de Santa Luzia do Paruá e do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR).
Durante a avaliação, os produtores afirmaram a necessidade das Prefeituras e do Governo Estadual garantir o transporte dos produtos para que a produção destes possa escoar de forma mais justa, gerando renda para suas famílias e para os municípios, além de alimentos orgânicos e de maior qualidade na mesa de todos os maranhenses.
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